BIOLOGIA 
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A descoberta da célula
A descoberta da célula

1 A DESCOBERTA DA CÉLULA

Desenho da estrutura do súber, conforme visto pelo microscópio de Robert Hook.



 

A célula representa a menor porção de matéria viva. São as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. Alguns organismos, tais como as bactérias, são unicelulares (consistem em uma única célula). Outros organismos, tais como os seres humanos, são pluricelulares.
O corpo humano é constituído por 10 trilhões (1013) de células mais 90 trilhões de células de microrganismos que vivem em simbiose com o nosso organismo; um tamanho de célula típico é o de 10 µm; uma massa típica da célula é 1 nanograma.
Em 1837, antes de a teoria final da célula estar desenvolvida, um cientista checo de nome Jan Evangelista Purkyňe observou "pequenos grãos" ao olhar um tecido vegetal através de um microscópio.
A teoria da célula, desenvolvida primeiramente em 1838 por Matthias Jakob Schleiden e por Theodor Schwann, indica que todos os organismos são compostos de uma ou mais células. Todas as células vêm de células preexistentes. As funções vitais de um organismo ocorrem dentro das células, e todas elas contêm informação genética necessária para funções de regulamento da célula, e para transmitir a informação para a geração seguinte de células.
A palavra "célula" vem do latim: cellula (quarto pequeno). O nome descrito para a menor estrutura viva foi escolhido por Robert Hooke. Em um livro que publicou em 1665, ele comparou as células da cortiça com os pequenos quartos onde os monges viviam. 



HISTÓRIA DA DESCOBERTA DA CÉLULA

 

 

 

As células foram descobertas em 1669 pelo inglês Robert Hooke. Ao examinar em um microscópio rudimentar, uma fatia de cortiça, verificou que ela era constituída por cavidades poliédricas, às quais chamou de células (do latim "cella", pequena cavidade). Na realidade Hooke observou blocos hexagonais que eram as paredes de células vegetais mortas.
Em 1838 Matthias Schleiden e Theodor Schwann, estabeleceram o que ficou conhecido como teoria celular: "todo o ser vivo é formado por células tronco".
As células são envolvidas pela membrana celular e preenchidas com uma solução aquosa concentrada de substâncias químicas e substâncias físicas, o citoplasma em que se encontram dispersos organelas (por vezes escrito organelas, organóides, orgânulos ou organitos).
As formas mais simples de vida são organismos unicelulares que se propagam por cissiparidade. As células podem também constituir arranjos ordenados, os tecidos.   

O MICROSCÓPIO
 
O microscópio é um aparelho utilizado para visualizar estruturas minúsculas como as células.
Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado em 1590 por Hans Janssen e seu filho Zacharias, dois holandeses fabricantes de óculos. Tudo indica, porém, que o primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o neerlandês Antonie van Leeuwenhoek (1632 - 1723).
Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena e quase esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos tipos de material biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e os espermatozóides presentes no sêmen dos animais. Foi também Leeuwenhoek quem descobriu a existência dos micróbios, como eram antigamente chamados os seres microscópicos, hoje conhecidos como microorganismos.
Os microscópios dividem-se basicamente em duas categorias:   
Microscópio óptico: funciona com um conjunto de lentes (ocular e objetiva) que ampliam a imagem transpassada por um feixe de luz que pode ser:  
> Microscópio de campo claro
> Microscópio de fundo escuro
> Microscópio de contraste de fase
> Microscópio de interferência
Microscópio eletrônico: amplia a imagem por meio de feixes de elétrons, estes se dividem em duas categorias: Microscópio de Varredura e de Transmissão.
Há ainda os microscópios de varredura de ponta que trabalham com uma larga variedade de efeitos físicos (mecânicos, ópticos, magnéticos, elétricos).
Um tipo especial de microscópio eletrônico de varredura é por tunelamento, capaz de oferecer aumentos de até cem milhões de vezes, possibilitando até mesmo a observação da superfície de algumas macromoléculas, como é o caso do DNA.

 

À esquerda, microscópio óptico, à direita, microscópio eletrônico.


 

TÉCNICA PARA OBSERVAÇÃO DAS CÉLULAS

 


       Esfregaço: 
 
É uma leve camada de matéria orgânica sobre uma lâmina de vidro, para exame microscópico.
A técnica do esfregaço que é utilizado para material que se encontra formado por células isoladas, como por exemplo, as células da mucosa bucal. Esta consiste em espalhar uma gota do material biológico a observar sobre uma lâmina de vidro formando uma fina película para uma melhor observação ao microscópio, que mais tarde pode ser submetida a uma coloração para evidenciar alguns constituintes desse material a ser visualizado. 

    Esmagamento
 
Este método é usado nos casos em que existe uma aderência fraca entre as células do tecido a observar. Para visualizar as células, basta colocar um pequeno fragmento do tecido entre a lâmina e a lamela e fazer uma pequena pressão com o polegar. Provoca-se assim um esmagamento do tecido, o que faz com que as células se espalhem, formando uma fina camada, que é facilmente atravessada pela luz.
(Ex.: Polpa de Tomate).
 

     Cortes finos:

É uma técnica mais complexa e freqüentemente usada em histologia. Consiste em cortar o material biológico em finas camadas, susceptíveis de serem atravessadas por raios luminosos.
Foi a técnica utilizada por Hooke na observação da cortiça e utiliza-se sempre que se pretende discernir por transparência os pormenores da estrutura celular de um órgão ou tecido que não é possível com a técnica de esmagamento (pois altera a ordem das células).
Contudo, deve-se ter em conta que se está a observar uma fina camada de uma célula ou organela e que a realidade tridimensional pode ser muito diferente.
A fim de se obter cortes de espessura regular e finos usa-se um aparelho denominado micrótomo. O material a cortar é inserido em medula de sabugueiro e o conjunto é incluso no cilindro central oco do micrótomo de Ranvier. Para microscopia óptica fazem-se cortes de 5 a 12 mm.
Com algum treino e perícia é possível obter cortes de boa qualidade para microscopia óptica usando simplesmente uma lâmina afiada.
 
   Coloração:    
                        
Na técnica de coloração por imersão o material biológico fica imerso durante alguns minutos no corante selecionado.
Na técnica de coloração por irrigação substitui-se o meio de montagem de uma preparação já efetuado por outro, que neste caso é o corante.


À esquerda, coloração por imersão, à direita, coloração por irrigação.


    Fixação:

A fixação é usualmente a primeira etapa em um processo multipasso de preparação de uma amostra de material biológico para a microscopia ou outras análises. Em muitas técnicas, tanto clássicas como recentemente desenvolvidas, especialmente em diagnóstico médico, um dos objetivos principais da fixação é a coagulação o mais completa possível dos albuminóides celulares. Entretanto, a escolha de fixador e protocolo de fixação pode depender de passos de processamento adicionais e análise final que são planejadas. Por exemplo, a imunohistoquímica utiliza anticorpos os quais ligam-se a um alvo protéico específico. Fixação prolongada pode quimicamente mascarar estes alvos e prevenir a ligação dos anticorpos. Nestes casos, um método de "fixação rápida" usando formalina.    

   Fracionamento celular:

É um conjunto de procedimentos que levam à separação das organelas celulares, para estudos específicos, como por ex. determinar uma proteína de uma organela específica. Primeiramente faz-se a homogeneização do tecido em solução isotônica de sacarose, que permite o rompimento da membrana plasmática, mas evita o estrago das organelas, e o rompimento da membrana destas organelas ocorrem por choque osmótico, ultra-som ou passando a suspensão das organelas por pequenos orifícios, para estudo dos seus componentes.

 




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